O SBT se livrou de uma bomba e não duvido que Silvio Santos esteja rindo de orelha a orelha, afinal, a parceria com a Televisa sempre foi duramente criticada pela imprensa em geral. Eu não sou contra novelas mexicanas. Achava, à época, desperdício investir tanto em produtos importados e tão pouco no nacional. Uma mexicana ali, outra acolá, nada demais. O problema principal era, com tantos autores talentosos por aqui, fazer remakes das tramas de lá. Seria de doer, por exemplo, Maria do Bairro e A Usurpadora, que eu adoro, em versões nacionais. Além do mais, o SBT tem um currículo bem interessante no segmento telenovelas, entretanto, havia perdido o embalo seguindo pelo lado mais fácil. Mas eis que a parceira acabou e a rival Record fechou contrato com a Televisa. Primeiro remake? A super, hiper, ultra, mega manjada história da feia. Tá aí, não passa de 5 pontos e queriam 20. E o duro é que em Bela, a Feia dificilmente os mexicanos permitirão a introdução de cenas de tiroteio e violência, que salvavam as novelas da Record em um passado não muito distante. Ainda tem mais: quem disse que Gisele Itiê era uma super atriz a ponto de a rede ficar meses aguardando um “ok” seu para assinar contrato e protagonizar o folhetim? Gisele, caracterizada de feia, não ficou feia, ficou bizarra. E isso pra início de conversa. E há outro porém: tenho para mim que isso não é efeito único do fim de A Fazenda, reality que estava segurando o canal. Também é resultado das graves acusações contra a Igreja Universal e que em momento algum foram desmentidas pela emissora de Edir Macedo. Na mesma semana das acusações o Jornal da Record já havia fechado com 6,5 pontos de média. Hoje em dia já perdeu mais 1,5 e segue mudando de horário, assim como o restante da programação. Situação desconfortável para quem pregava estar a caminho da liderança, né? A tendência é piorar.