quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

‘É Tudo Improviso’: A improvisação que deu certo



O programa parece uma grande brincadeira. Mas os resultados alcançados por ‘É Tudo Improviso’, que cobre as férias do ‘CQC’, devem ser encarados com seriedade pela Band. Com apenas duas semanas de exibição, eles marcaram 4 pontos de média com picos de 6, o mesmo que o titular do horário. “Estamos surpresos com a boa audiência. Tomara que a gente conquiste um espaço fixo na grade”, torce o apresentador Márcio Ballas.

O futuro da atração na emissora ainda é uma incógnita, mas a trupe do programa comemora desde já a repercussão do trabalho. “O grande barato de estar na TV é que agora nosso humor pode chegar a todo tipo de gente. As pessoas que já conheciam o que fazíamos no teatro, e que são mais críticas, estão gostando do resultado na tela. Mas agora até o porteiro do meu prédio, que nem sabia com o que eu trabalhava, veio falar que adorou”, conta Márcio.

No palco, o apresentador comanda humoristas do grupo ‘Os Barbixas’, ‘As Olívias’ e ‘Jogando no Quintal’ — todos com larga experiência no teatro — em inúmeros quadros, muitas vezes com participação da plateia e todos na base da improvisação. “A grande questão era trazer esse tipo de humor que é tão quente no teatro para quem vê de casa. Do primeiro para o segundo programa, achei que tudo já ficou mais quente. Mérito do diretor Tadeu Jungle, que está conseguindo fazer muito bem essa difícil transposição”, afirma Elídio, um dos integrantes de ‘Os Barbixas’.

Mas, se ‘É Tudo Improviso’ continuar fazendo sucesso, o espaço do ‘CQC’ não estaria ameaçado? Para Rafinha Bastos, fiel escudeiro de Marcelo Tas e amigo de velha data dos moços que cobrem suas férias, não dá para misturar “alhos com bugalhos”. “Um programa é muito diferente do outro. O ‘CQC’ exige que o público tenha algumas referências, esteja antenado com algumas coisas para entender. Mas se a Band não aproveitar esse sucesso do improviso, vai jogar uma bela ideia fora. Vou ficar muito feliz se mais um projeto diferente ganhar espaço na emissora”, elogia Rafinha.

Ele é convidado da próxima edição do ‘É Tudo Improviso’. Mas, ao contrário de seu companheiro de bancada Marco Luque, não aceitou fazer ‘stand-up comedy’ em frente às câmeras. “Sou contra algumas adaptações que a TV exige. Se o próprio nome do programa diz que é tudo improviso, não dá para colocar ‘stand-up’ no meio, algo que às vezes demoramos meses para criar. Os meninos sabem que essa é minha opinião, não estou falando nada pelas costas”, argumenta Rafinha