quarta-feira, 7 de abril de 2010
Últimas da TV (07/04)
Desperdício
E continua o grande desperdício de estúdio e equipamentos com o programa de Luciana Gimenez. O melhor estúdio da televisão, os melhores equipamentos da televisão, e tudo isso sem conteúdo e sem direção. O ibope, claro, cada vez mais distante.
Insistem em fazer um programa inteiro com um assunto só, e sempre assuntos que não sustentariam o ibope. E Luciana continua demorando 15 minutos no começo de seu programa pra colocar as atrações no ar, pois fica esse tempo todo fazendo merchandising. Melhor seria Luciana fazer somente o merchandising e meia hora de programa, deixando o restante do tempo pra algo mais atraente.
Onde eles foram
O programa Manhã Maior, da RedeTV, está passando por uma fase curiosa. Originalmente tem três apresentadores, Daniela Albuquerque, Keila Lima e Arthur Veríssimo.
Daniela, por algum motivo que não vem ao caso, deixou a apresentação aos outros dois. Incrível, mas os outros dois melhoraram muito sem Daniela. Agora, Arthur Veríssimo deixa a apresentação pra fazer uma viagem pelo Oriente, viagem esta que vai ser mostrada depois, no programa.
Claro que na TV, no horário da manhã, não deverá ter nenhum interesse e nem vai dar ibope. Mas o fato é que Keila vai fazer o programa sem os outros dois. No começo desse programa, ela fez um bom período sozinha e não foi lá essas coisas.
Falta conteúdo e direção no programa. Tanto faz com quantos seja apresentado.
Lucília
A empresária Lucília Diniz, que tem um programa de meia hora aos sábados na RedeTV, começou uma campanha em seu programa pra aumentar o tempo de meia pra uma hora. Ela pede que mandem e-mail pra ela dizendo isso. Ora, não acredito que meia dúzia de e-mails possam sensibilizar a altíssima direção da RedeTV.
Tem mais. O programa de Lucília dá um de ibope. Aumentar o tempo, mantendo o conteúdo que lá é apresentado, não vai mudar o ibope. E alguém deveria ensinar Lucília a falar em cena, e não entrevistar pessoas do mesmo jeito que faz dando receita de pratos de comida, sem interpretação adequada.
Novela sem direção
O título acima, novela sem direção, poderia ser de alguma novela do SBT, mas desta vez o objeto da questão é a novela Viver a Vida, da Globo.
Nos entremeios da alta direção da Globo é cada vez mais constante o comentário de estranhamento da direção da novela, pois ninguém entende o baixo desempenho de Jayme Monjardim. Entreouvidos comenta-se que ele delega demais aos assistentes e fica mais na supervisão.
Mas o pessoal que vai a campo dirigir está cada vez mais sem eficiência no trabalho e gravando cada vez menos e sem dar condições pra boas edições. Pra não falar das interpretações questionáveis de atores que deveriam ter melhor atuação. Ou seja, a novela Viver a Vida, mesmo estando na Globo, está sem direção.
Apresentação formal e insípida
O apresentador de O Aprendiz 7 será João Dória Jr, também conhecido nos bastidores da Record como sendo o homem da gravata cor-de-rosa, pela constância que usa essa cor de gravata. João é muito formal quando entrevista seus convidados no programa da Band. E vai ser totalmente diferente de Roberto Justus na apresentação do Aprendiz.
Justus tem uma vaidade explosiva, o que fazia com que o público ficasse ansioso por suas reações. Dória tem uma vaidade embutida, o que dá a impressão pública de que nada está sentindo. Melhor pra show seria a postura de Justus.
No show de Justus, o apresentador usava como conselheiros pessoas que faziam parte de seu cotidiano, acostumadas tanto com a linha de trabalho de Justus, quanto com o trabalho dos participantes em si. No show de João Dória Jr, ele vai usar como conselheiros uma senhora, Cristina Arcangeli, namorada de Álvaro Garnero, senhora esta que teve uma passagem discretíssima pela televisão tempos atrás, e um senhor que não lembro o nome, ex-presidente de uma companhia aérea, que teve uma postura muito discutível na administração de tal companhia. Ou seja, João começou errando na escolha de seus conselheiros.
Por todo mapa de personagens apresentados em O Aprendiz 7, não acredito que João Dória vá atingir o sucesso que Justus atingiu na Record. Justus era ele mesmo, não precisava fazer gênero, aquilo tudo que aparecia na tela não era teatral, pois Justus é na sua empresa exatamente aquilo que aparecia na Record.
Se João for na tela o que é na sua empresa, não vai ter graça nenhuma. Se ele tentar interpretar um personagem, vai ser pior. Ou seja, João começou errado na escolha de seus conselheiros.
Brincadeira sem graça
A declaração de Walter Zagari, vice-presidente comercial da Record, de que espera que O Aprendiz 7 dê de ibope entre 15 e 80, foi uma brincadeira de gosto horroroso, inda mais vindo de quem veio, pessoa que ocupa o mais alto cargo da Record na área comercial.
Num momento de lançamento de programa, onde os mais altos diretores devem demonstrar simplicidade e esperança sólida, brincar com os números demonstra prepotência e postura duvidosa. E olhando pelo lado psicológico, demonstra uma enorme insegurança por parte de Zagari, que usa a brincadeira pra disfarçar o medo do fracasso.