Estreou na última terça-feira (11) a décima primeira edição do reality show mais famoso do Brasil. Responsável por ser a mola que infla toda a grade da Globo no começo de temporada, o “BBB” entrou em cena com a nítida convicção que os atuais participantes vieram pra causar e fazer desta edição uma das mais polêmicas até hoje vista.
São no total 17 aspirantes aos tão sonhados 15 minutinhos de fama. Um grupo pra lá de heterogêneo que conta com a presença de uma transexual, uma bissexual, dois gays, duas mulatas passistas, um mister, um dançarino, um modelo, um barman, e outros biótipos que já preencheram a prateleira em anos anteriores. Boninho, o diretor da atração, acertou em cheio desta vez, um grupo que por si só já rendeu um ti-ti-ti enquanto fora do confinamento. Uma leva que tem tudo para agradar até mesmo os fãs mais desacreditados do programa.
A casa ganhou novas instalações – um andar e uma nova área de lazer inclusive -, regras foram refeitas e outras criadas. Pedro Bial prova de longe que neste gênero de programa reina absoluto, pondo no chinelo alguns que o imitam de forma espalhafatosa, o apresentador manteve-se bem do começo ao fim. A subdivisão em grupos por cores foi um cheque mate dentro do tabuleiro, sem a taxação da edição anterior, acabou por tornar o clima imprevisível dentro do jogo, o que gera um ar de indefinição e vulnerabilidade entre os brothers.
Na estreia, todos foram apresentados. Um desfile de corpos sarados e gostosas tomou conta da telinha. Uma dinâmica foi testada com a clara intenção de gerar atritos logo de cara. E conseguiu. Michelly, que recebeu mais votos para ser “eliminada”, tornou-se imune e ocupa-se a pensar na perseguição que poderá sofrer com o tempo. Paula, a trissexual – após indagar colegas sobre a preferência sexual de cada um, disparou: “Eu sou trissexual, pegou homem, mulher e gay” – descontrolou-se com os votos que recebera. Esta como mesmo se definiu promete causar, afinal “gosta de aparecer”. Ariadna, a transexual com corpão arrasa quarteirão, salientou o fato de a ala feminina ocupar mais espaço que o sexo oposto: “Somos a maioria”. Ou quando questionada por suas preferências: Você é gay? “Eu não, gosto de homem”, mais uma que promete ofuscar as ingênuas.
O jogo estreou mais cedo, por volta das 15h os participantes já se encontravam confinados. Estratégia já utilizada por Boninho diversas vezes e copiadas pela produção de “A Fazenda” na última edição.
Evitando a explicitação da temporada anterior quando escancararam os biótipos dos participantes, o “BBB11” estreou com um ar provocante e nebuloso. Os competidores se descobrem de lá e os telespectadores decifram seus verdadeiros perfis de cá. É pra isso que funciona e serve o “Big Brother”, jogo fictício de pura realidade. Boninho acertou em cheio e de cara pôs fogo na casa mais famosa do Brasil, que assim seja. O saldo tende a ser positivo, pois quem assiste procura ser provocado pelo vilão, torcer pelo casalzinho e tomar partido nas brigas.
Em sua estreia o “BBB11” registrou 34 pontos de média com pico de 40, superando assim a edição de número 10 que marcou 30 pontos.
“Big Brother Brasil 11” estreia com um gostinho de quero mais, resta espiar à vontade